sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Os Fuentes - Parte III

Rosa ligou para o número que Cristóban havia deixado com ela, era o telefone de um amigo da embaixada do México na Guatemala chamado Jorge Ramirez. Cristóban era de uma equipe médica da Cruz Vermelha que atuava com a ONU no auxílio humanitário às vítimas do furacão. Antes da América Central, ele havia trabalhado com a Cruz Vermelha em Ruanda, Serra Leoa, Angola e Timor Leste. Diante da devastação das guerras civis que ele presenciara, aquele era um cenário menos chocante (apesar de caótico).

Ele ligava periodicamente para a casa do pai a fim de ter notícias de todos sem que sua família soubesse. Rosa contava a ele tudo o que acontecia, principalmente com Ernesto (com quem se preocupava muito), mas havia pedido à governanta que ligasse apenas em uma urgência. Ao receber a ligação na embaixada, Jorge pegou o seu carro foi imediatamente a procura do amigo.

– Cristóban! Ainda bem que eu o achei...
– O que houve Jorge, porque está aqui?
– Ligaram da sua casa... Aconteceu alguma coisa com o seu pai.

Cristóban ficou pálido. Ele sabia que Rosa só ligaria se fosse algo realmente importante.

– Jorge, a Rosa disse do que se trata?
– Não, amigo. Mas ela parecia estar aflita.

O jovem médico pediu que Jorge aguardasse enquanto conseguia a liberação do chefe da sua equipe para resolver os problemas em casa. Ele estava ansioso, não tinha como negar.

– Jorge, eu consegui uma liberação da equipe por sete dias. Preciso de um avião para voltar ao México.
– Cristóban, há um avião da força área retornando essa madrugada para a cidade do México. Eu consigo colocá-lo nesse vôo.
– Obrigado, Jorge! Eu fico lhe devendo essa.
– Não deve nada Cristóban, você já me ajudou bastante.

Cristóban voltou ao alojamento para juntar as suas coisas enquanto Jorge o esperava no carro. Naquela madrugada o jovem embarcou no Hércules 56 com destino ao México. Era a primeira vez que retornava ao seu país depois de brigar com o seu pai.

2 comentários:

Nayara Oliveira disse...

Aii vai apanhar de varra....

Anônimo disse...

Aaaaaaaaaaaaah
tô acompanhando como novela mesmo HIUhaiUAHiuahIUA

tá ficando muito bom, Daniel.
beeeijo