segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Olimpíadas, Copa do Mundo e outros Assassínios Sociais

A internet pode ser um ótimo meio de divulgação para esse tipo de trabalho porque hoje, em nosso país, há dois tipos de pessoas: nós, a grande maioria (os otários); e um pequeno grupo que ganha fortunas com a nossa miséria social, intelectual e probreza de iniciativa. Esse é o verdadeiro Lado B do Brasil e essa canalhice vem acontecendo em todos os lugares do nosso país, independente de quem governe e a que partido pertença.
  
Juntos somos fortes!

Por favor, divulguem!!!



terça-feira, 31 de julho de 2012

Frango Agridoce


O dia está chuvoso e, apesar do inverno, a temperatura hoje está agradável. Depois de uma aula cansativa durante toda a manhã, preparo-me para continuar os estudos durante a tarde com a reposição de uma aula que eu perdi em um dia em que a preguiça e o frio eram grandes demais para permitir que eu me levantasse.
Para ganhar tempo e evitar deslocamentos desnecessários, eu resolvi não voltar para casa e almoçar em um restaurante chinês das redondezas. A pedida foi um Frango Agridoce – que eu realmente adoro – e água para acompanhar.
Foi meio inevitável, diante de um dos meus rotineiros momentos de devaneio filosófico, não fazer uma analogia entre este delicioso prato da culinária chinesa e a vida.
Segundo o dicionário Houaiss, agridoce é tudo aquilo que simultaneamente é acre e doce. O Frango Agridoce é exatamente assim: tem o sabor doce do molho, o azedo do abacaxi e o amargo do pimentão. Aliás, como a própria vida. O importante no prato é o equilíbrio dos sabores: não pode ser muito doce para não se tornar enjoativo; não pode ser muito amargo para não se tornar intragável; e certamente não pode ter muito do azedo para evitar aquela torcida de nariz seguida da boca que “amarra”. Como nada é perfeito, é comum não haver esse equilíbrio e a água, sempre bem vinda, limpa todos os sabores para reaver a harmonia.
Bom, o que eu aprendi hoje com esse almoço? Aprendi que a vida é feita de muitos sabores e precisamos de todos eles em equilíbrio: a alegria em excesso é ruim, problemas e mau humor em excesso também. A felicidade é feita da mistura de tudo na dose certa, e é exatamente por isso que alcançá-la sempre será uma tarefa das mais difíceis.
Quanto à água, ela pode ser diferente para cada pessoa e tem a capacidade de limpar todos os sabores para que a harmonia se reestabeleça e possamos, novamente, criar o equilíbrio que nos conduza à felicidade. Portanto, não reclame se um momento de intensa alegria for interrompido, porque pode ser que tudo ficasse muito enjoativo. Agradeça também o amargor dos problemas e os azedumes alheiros: eles nos ensinam e equilibram os sabores.
Por fim, sempre agradeça a presença da água, pois que ela é uma bênção. Principalmente se você tem uma afta tão grande que até já recebeu nome e, além disso, você teve a infelicidade de, durante o almoço, ter um azedo pedaço de abacaxi caindo em cima dela.
A propósito, a sabedoria do biscoito da sorte trouxe-me a seguinte frase: “Por trás de acusações maldosas há sempre um argumento fraco”. Definitivamente, isso faz muito sentido neste momento.
Em tempo, no caso de alguém ter ficado com água na boca, segue a receita:

  • Receita de Frango Agridoce
Ingredientes :
- 500 gr peito frango cortado em cubos
- 1 abacaxi cortado em cubos
- 2 cebolas grandes cortadas em pétalas
- 2 cenouras grandes cortadas em cubos
- 1 pimentão amarelo cortado em cubos
  • Molho
- 1 pimentão vermelho grande
- 1 cebola grande
- 1/2 copo de azeite
- 1/2 copo de vinagre
- 1 copo de açúcar faltando 2 dedos
- 1 colher de café de sal

Modo de preparo

Molho: Bata todos os ingredientes no liquidificador. Leve para a panela e deixe ferver até reduzir a metade. Reserve.
Frango: Refogue o frango até q ele fique bem dourado. acrescente a cenoura, a cebola e o pimentão, deixe cozinhar até que a cenoura fique al dente, se preciso coloque um pouco de água. acrescente o molho agridoce de pimentão e o abacaxi, deixe levantar fervura e pronto.


P.S.: Caso alguém queira jogar na Megasena: 13, 26, 34, 38, 46 e 52. Vai que o biscoito da sorte acerta...

domingo, 29 de julho de 2012

Cansei!!!


Vejo com muita preocupação o rumo que a política nacional vem tomando nos últimos anos. Apesar da quantidade exagerada de partidos políticos, é possível notar que praticamente todos giram em torno do mesmo ideal: manter o poder a todo custo.
A ideologia política se perdeu dando lugar aos acordos escusos e duvidosos, cujos interesses apenas podemos supor. Mas o pior mesmo é presenciar adversários históricos tão contundentes apertando as mãos; no mínimo decepcionante – isso para não dizer algo pior.
O que há muito tempo tentei negar a mim mesmo, mas agora se tornou inevitável, é o sentimento de que vivemos um retrocesso em todos os aspectos da política e das atividades que dela dependem para se manter, como a saúde pública, educação e segurança.
No final do século passado houve uma grande reforma administrativa do Estado com boas perspectivas de mudanças. O Brasil passou a utilizar um modelo gerencial de gestão da coisa pública, focando a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência – art. 37, CF –, que deveriam ser os pilares edificadores da gestão da coisa pública. No entanto, nós nos esquecemos de mudar algo essencial: as pessoas.
Esse modelo bem montado de gestão se mostra inócuo àqueles que ainda mantêm uma mentalidade patrimonialista sobre a coisa pública: acreditam que o público e o privado se misturam, acham-se donos de cargos, bairros, cidades etc. Obrigam-nos a engolir as suas vontades e não se preocupam com a vontade coletiva. Maquiam números, subornam fiscais, compram aliados e tudo continua igual aos olhos de milhões.
Olho para a minha cidade e noto, com tristeza, que ela se tornou um curral eleitoral, que voltamos ao tempo das oligarquias. O pior é notar que esse fenômeno se propaga por todo o país, mas não apenas nos municípios: inclui grandes regiões metropolitanas e também vários estados da federação.
A população fica em uma situação difícil, bem ao estilo “se correr o bicho pega, e se ficar o bicho come”. Há grande quantidade e nenhuma qualidade nos candidatos, salvo raríssimas exceções, pois também não posso ser injusto com aqueles bons candidatos que eu posso contar nos dedos de uma só mão.
Há pouco tempo um promotor federal disse-me que em torno de 70% das leis feitas no país por nossos legisladores são inconstitucionais. Agora eu pergunto: se você faz 70% do seu trabalho errado, você continua empregado? Então por que você continuaria a votar nas mesmas pessoas? Por que você continuaria a eleger as mesmas famílias que dominam o cenário político há tanto tempo?
Agora eu faço apenas mais uma pergunta: você tem merda na cabeça?!
Como o meu voto é tão precioso e importante, não jogarei pérolas aos porcos e anularei tanto o voto para prefeito como para vereador. E farei isso porque a verdade é que ninguém o merece.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Relíquia Poética

Trouxe um presente a todos vocês:  uma coletânia de poemas do imortal Fernando Pessoa (em seu nome e de seus heterônimos) declamadas pelo saudosíssimo Paulo Autran. Essa, sem dúvida, é uma relíquia!
Espero que gostem...


Autopsicografia
          Link: Autopsicografia


Vem sentar-te comigo Lídia
          Link: Vem sentar-te comigo Lídia


O guardador de rebanhos - Poema V
           Link: O guardador de rebanhos - Poema V


Cruz na porta da tabacaria
           Link: Cruz na porta da tabacaria


Aniversário
           Link: Aniversário


O menino da sua mãe
           Link: O menino da sua mãe


Poema em linha reta
           Link: Poema em linha reta


Quero ignorado
           Link: Quero ignorado


Se te queres matar
           Link: Se te queres matar


Tenho dó das estrelas
           Link: Tenho dó das estrelas


Esta velha angústia
           Link: Esta velha angústia


Ah, um soneto...
         Link: Ah, um soneto...


Grandes são os desertos
          Link: Grandes são os desertos


Vem, noite
         Link: Vem, noite


O monstrengo
           Link: O monstrengo


Ode triunfal
           Link: Ode triunfal


Quando era jovem
         Link: Quando era jovem

quarta-feira, 27 de junho de 2012

A Velha Mangueira

Havia uma mangueira em meu quintal:
eram rosadas as suas frutas, doces como mel,
e seus grandes galhos em cabedal
formavam aconchegantes recantos
a quem suas sombras almejava.
 

Eu deitava a minha cabeça em saliência bem formada
procurando entre as folhagens o sol das doze horas
que tudo em volta já queimava.
Era a minha mangueira recanto de aves
que gorjeavam sinfonias ao iniciar a segunda metade do dia.

O perfume adocicado e inebriante
espalhava-se além porteiras
e a manga rosa triunfante,
fruta de caldo abundante, 
enchia cestos e algibeiras.

Ah! Minha mangueira...
Saudade eu tenho daquelas tardes
e de sua frondosa presença.
Mas jaz agora no toco,
mostrando o desrespeito com este velho caboclo,
ao se tornar cadeira e mesa...

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Poeta Sertanejo

  O nosso país tem muitos artistas que verdadeiramente cantam a nossa terra, verdadeiros poetas sertanejos que com suas violas encantam aqueles que amam o Brasil. São eles que me fazem lembrar que essa corja que se apoderou da política não representa de fato aquilo que o nosso imenso país é: uma terra abençoada por uma natureza exuberante e com um povo que continua trabalhando arduamente, apesar de todo o sofrimento. Almir Sater é um desses muitos poetas sertanejos e descreve com uma incrível delicadeza aquilo que observa e sente.
  Essa é uma pequena homenagem a ele e a todos os outros poetas sertanejos espalhados pelo Brasil, de hoje e de ontem.



No Rastro da Lua Cheia
Almir Sater / Renato Teixeira


No quintal lá de casa
Passava um pequeno rio
Que descia lá da serra
Ligeiro escorregadio
A agua era cristalina
Que dava pra ver o chão
Ia cortando a floresta
Na direção do sertão
Lembrança ainda me resta
Guardada no coração...


E tudo era azul celeste
Brasileiro cor de anil
Nem bem começava o ano
Já era final de Abril
O vento pastoreando
Aquelas nuvens no céu...
Fazia o mundo girar
Veloz como um carrossel
E levantava a poeira
E me arrancava o chapéu


Ah o tempo faz, tempo desfaz
E vai além sempre...


A vida vem lá de longe
É como se fosse um rio
Pra rio pequeno canoa
Pros grandes rios navios
E bem lá no fim de tudo
Começo de outro lugar
Será como Deus quiser
Como o destino mandar
No rastro da lua cheia
Se chega em qualquer lugar!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Ensaio II


E então se sentia livre, uma liberdade estranha ao seu viver e ao seu momento. Sentia que o mundo poderia ser pequenino – como quando criança –, e que todo esse mundo se resumiria em suas brincadeiras felizes no final da tarde, quando as peladas na rua ganhavam contornos de final de campeonato. Sentia que o mundo seria o que quisesse e que poderia guarda-lo no bolso; assim como quando media a lua mirando-a com o seu polegar. Poderia guardar ambos em seu bolso; e também guardaria o sol, os demais planetas e estrelas. Teria todo um sistema solar só seu, e então seria um Deus-menino que usaria os astros celestes como bolotas em uma partida de bolinhas de gude.
Seria livre para visitar mundos, conhecer galáxias, e nada o prenderia ao chão, pois sentia a alma liberta das pesadas correntes. Seu espírito depurado dançaria ao som das ondas do universo, radiante como uma supernova.
Ao final da brincadeira, deitaria calmamente no manto brilhante do céu e seria acalentado pela mão do Deus-pai que o embalaria em sono profundo e reconfortante, como um anjo dormindo em macias nuvens... 
A liberdade transcendia as suas sensações materiais e tocava-lhe o coração com a suavidade de uma brisa. Sentia-se beijado em espírito e, por um breve instante, percebeu que era parte de algo maior, de um misterioso universo de possibilidades infinitas.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Conselhos Amorosos?

Conselhos amorosos? Guardo-os todos para mim.
Não há porque espalhá-los, seria um pecado...
Seria um pecado ensinar-lhes todos os fracassos,
dissabores, mal amores, desamores
e outras tantas murchas flores.
Guardo-os todos no mais profundo do meu ser
e uso-os só para o sádico deleite do meu eu
contra o masoquista coração que bate neste peito.
Saboto-me deliciosamente para ver o circo pegar fogo,
pois que graça haveria em tudo ser tão correto?
A correição que se exploda em mil pedaços!
Se tudo fosse tão preto no branco,
a vida seria sem graça, sem sal, sem sabor...
Mas onde fica então o amor?
O amor, que venha com pimenta! E que arda!
Melhor sentir a vida do que sentir o nada.
Quanto aos conselhos amororos, não os tenho para dar.
Bastam-me os fracassos românticos que me levam sempre a naufragar.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Lírica nº 03

Parto indefinidamente 
do exílio sem sorte,
das áridas terras da morte:
corro por vida, fujo pro norte.
 
Parto, parto em imagens que sonhei
das tantas vidas que viverei,
parto em feliz contentamento.
 
Parto, parto de terras que nem sei
de lá dos montes que alcancei,
parto na nave heróica do meu pensamento.
 
E chegarei, ainda hei de chegar;
e parto, uma vez mais eu parto
àquela terra que eu sonho alcançar.

terça-feira, 20 de março de 2012

Que a Verdade Seja Dita...

Deus, obrigado por menos um espinho e pela paz de espírito que se instalou como consequência.
Amém!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Frase do Dia - XI

Águas passadas não movem moinhos e "bostas" passadas não "fertilizam" as nossas hortas.

quinta-feira, 8 de março de 2012

quarta-feira, 7 de março de 2012

Reflexão Sobre a Solidão


O celular não toca mais e eu sinto certa falta. É normal. Depois de uns cinco meses o hábito se fez. Mas assim como o hábito vem, o hábito também vai. Tudo é uma questão de tempo.
Eu não me sinto mal, a vida é assim mesmo e precisa ser vivida intensamente. Os momentos vividos criam as experiências e essa bagagem traz o aprendizado. Foi bom enquanto durou.
Não haverá mais lágrimas ou tristezas, e de tudo o que passei eu prefiro guardar as lembranças alegres. Quem vive olhando o passado se esquece de viver o presente... e consequentemente não vive o futuro.
É claro que ter alguém por perto é bom quando se quer conversar, trocar carinhos, desligar-se dos problemas, mas o mundo não se resume a esse rol citado (e muitas vezes os problemas surgem quando se está com alguém). O fato é que existem momentos para se estar só e momentos para se estar acompanhado. Ambos têm suas vantagens e desvantagens ditas tantas vezes por tantas pessoas muitíssimo capacitadas, não serei eu a discorrer todas as vantagens e desvantagens, ou a fazer defesa de uma ou outra. Darei o meu simplório ponto de vista sobre o que estou vivendo.
Estar só é um momento único, porque é quando ficamos diante de nós mesmos, olhamos os nossos defeitos, as nossas limitações, e nos damos conta do quanto precisamos mudar.
Não é apenas a mudança que é difícil, mas a percepção de que se precisa mudar também o é. Perceber o quanto estamos errados em nossas atitudes e pensamentos é algo que vai de encontro com o orgulho próprio, com aquela sensação de “eu não preciso mudar, estou bem desse jeito”. Será mesmo? Certas coisas precisam necessariamente de mudanças, não há como fugir. A lei do progresso é inexorável e melhor faz quem não espera que ela exija que nos mexamos. No entanto, isso exige um tanto de renúncia e de humildade que muitos de nós não estamos prontos a oferecer.
Ficar só, ainda assim, é necessário. Mesmo que muitos fujam dessa situação pulando de um relacionamento para outro. Não há nada como se conhecer, é a melhor maneira para aprender a se amar. Certa vez alguém me disse que o nosso primeiro amor é o amor próprio, e assim estar bem consigo mesmo para só então pensar em sentir-se bem com outra pessoa passa a fazer todo o sentido.
Parece brincadeira, mas há tanto tempo eu não escrevo e, quando o faço, é inevitável que o meu texto transborde um ar melancólico. Confesso que às vezes eu prefiro as coisas, como já dizia Mario Quintana em um trecho de seu poema De Gramática e de Linguagem: 

E havia uma gramática que dizia assim:
"Substantivo (concreto) é tudo quanto indica
Pessoa, animal ou cousa: João, sabiá, caneta".
Eu gosto das cousas. As cousas sim !...
As pessoas atrapalham. Estão em toda parte. Multiplicam-se em excesso.

As cousas são quietas. Bastam-se. Não se metem com ninguém.
[...]