terça-feira, 19 de abril de 2011

Soneto do Só

Percebo que a vida breve
em minh'alma encerra
um melancólico pôr-do-sol
de um último dia de primavera.

Quando chega o verão escaldante
destruindo todo o meu peito,
descubro que o coração vacilante
agora já não tem mais jeito.

Eu me perco! Fico perdido...
E me desfaço do teu abraço aquecido;
numa vida de viver só.

Agora sou inverno sem sol, neve.
E sem este peso o meu caminho é leve;
numa vida de viver só.