terça-feira, 19 de abril de 2011

Soneto do Só

Percebo que a vida breve
em minh'alma encerra
um melancólico pôr-do-sol
de um último dia de primavera.

Quando chega o verão escaldante
destruindo todo o meu peito,
descubro que o coração vacilante
agora já não tem mais jeito.

Eu me perco! Fico perdido...
E me desfaço do teu abraço aquecido;
numa vida de viver só.

Agora sou inverno sem sol, neve.
E sem este peso o meu caminho é leve;
numa vida de viver só.

5 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Valmir disse...

Fala Daniel.
Faz tempo que não te sigo e como você, sei que a inspiração as vezes sai pela janela e teima em não voltar.Ingrata! E nós que tanto a veneramos.
Enfim, espero te-la ao meu lado nos próximos meses. Pretendo terminar meu livro. Permita-me confessar este sonho.
Abraço e parabéns pelas recentes palavras.
Valmir

Daniel disse...

Grande Valmir! Quanto tempo...
De fato, a inspiração é uma senhorita temperamental demais. Por vezes nos deixa a ver navios.

Eu fico feliz com a notícia do livro. Recentemente um amigo que estudou comigo publicou um livro e infelizmente eu não pude acompanhar o lançamento, mas saber que ele alcançou esse sonho foi motivo de felicidade para mim. E o mesmo sentirei quando o seu livro estiver pronto.

Um grande abraço e que a inspiração retorne em breve.

Rafael Castellar das Neves disse...

Caramba, Dany boy!! Du caramba, hein véio!! Gostei muito!!

[]s

Daniel disse...

Valeu, Rafa!
Esse aí tava guardado há algum tempo. E não tem jeito, nós escritores sempre temos um lado meio sombrio.

Um abraço!