terça-feira, 31 de julho de 2012

Frango Agridoce


O dia está chuvoso e, apesar do inverno, a temperatura hoje está agradável. Depois de uma aula cansativa durante toda a manhã, preparo-me para continuar os estudos durante a tarde com a reposição de uma aula que eu perdi em um dia em que a preguiça e o frio eram grandes demais para permitir que eu me levantasse.
Para ganhar tempo e evitar deslocamentos desnecessários, eu resolvi não voltar para casa e almoçar em um restaurante chinês das redondezas. A pedida foi um Frango Agridoce – que eu realmente adoro – e água para acompanhar.
Foi meio inevitável, diante de um dos meus rotineiros momentos de devaneio filosófico, não fazer uma analogia entre este delicioso prato da culinária chinesa e a vida.
Segundo o dicionário Houaiss, agridoce é tudo aquilo que simultaneamente é acre e doce. O Frango Agridoce é exatamente assim: tem o sabor doce do molho, o azedo do abacaxi e o amargo do pimentão. Aliás, como a própria vida. O importante no prato é o equilíbrio dos sabores: não pode ser muito doce para não se tornar enjoativo; não pode ser muito amargo para não se tornar intragável; e certamente não pode ter muito do azedo para evitar aquela torcida de nariz seguida da boca que “amarra”. Como nada é perfeito, é comum não haver esse equilíbrio e a água, sempre bem vinda, limpa todos os sabores para reaver a harmonia.
Bom, o que eu aprendi hoje com esse almoço? Aprendi que a vida é feita de muitos sabores e precisamos de todos eles em equilíbrio: a alegria em excesso é ruim, problemas e mau humor em excesso também. A felicidade é feita da mistura de tudo na dose certa, e é exatamente por isso que alcançá-la sempre será uma tarefa das mais difíceis.
Quanto à água, ela pode ser diferente para cada pessoa e tem a capacidade de limpar todos os sabores para que a harmonia se reestabeleça e possamos, novamente, criar o equilíbrio que nos conduza à felicidade. Portanto, não reclame se um momento de intensa alegria for interrompido, porque pode ser que tudo ficasse muito enjoativo. Agradeça também o amargor dos problemas e os azedumes alheiros: eles nos ensinam e equilibram os sabores.
Por fim, sempre agradeça a presença da água, pois que ela é uma bênção. Principalmente se você tem uma afta tão grande que até já recebeu nome e, além disso, você teve a infelicidade de, durante o almoço, ter um azedo pedaço de abacaxi caindo em cima dela.
A propósito, a sabedoria do biscoito da sorte trouxe-me a seguinte frase: “Por trás de acusações maldosas há sempre um argumento fraco”. Definitivamente, isso faz muito sentido neste momento.
Em tempo, no caso de alguém ter ficado com água na boca, segue a receita:

  • Receita de Frango Agridoce
Ingredientes :
- 500 gr peito frango cortado em cubos
- 1 abacaxi cortado em cubos
- 2 cebolas grandes cortadas em pétalas
- 2 cenouras grandes cortadas em cubos
- 1 pimentão amarelo cortado em cubos
  • Molho
- 1 pimentão vermelho grande
- 1 cebola grande
- 1/2 copo de azeite
- 1/2 copo de vinagre
- 1 copo de açúcar faltando 2 dedos
- 1 colher de café de sal

Modo de preparo

Molho: Bata todos os ingredientes no liquidificador. Leve para a panela e deixe ferver até reduzir a metade. Reserve.
Frango: Refogue o frango até q ele fique bem dourado. acrescente a cenoura, a cebola e o pimentão, deixe cozinhar até que a cenoura fique al dente, se preciso coloque um pouco de água. acrescente o molho agridoce de pimentão e o abacaxi, deixe levantar fervura e pronto.


P.S.: Caso alguém queira jogar na Megasena: 13, 26, 34, 38, 46 e 52. Vai que o biscoito da sorte acerta...

domingo, 29 de julho de 2012

Cansei!!!


Vejo com muita preocupação o rumo que a política nacional vem tomando nos últimos anos. Apesar da quantidade exagerada de partidos políticos, é possível notar que praticamente todos giram em torno do mesmo ideal: manter o poder a todo custo.
A ideologia política se perdeu dando lugar aos acordos escusos e duvidosos, cujos interesses apenas podemos supor. Mas o pior mesmo é presenciar adversários históricos tão contundentes apertando as mãos; no mínimo decepcionante – isso para não dizer algo pior.
O que há muito tempo tentei negar a mim mesmo, mas agora se tornou inevitável, é o sentimento de que vivemos um retrocesso em todos os aspectos da política e das atividades que dela dependem para se manter, como a saúde pública, educação e segurança.
No final do século passado houve uma grande reforma administrativa do Estado com boas perspectivas de mudanças. O Brasil passou a utilizar um modelo gerencial de gestão da coisa pública, focando a legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência – art. 37, CF –, que deveriam ser os pilares edificadores da gestão da coisa pública. No entanto, nós nos esquecemos de mudar algo essencial: as pessoas.
Esse modelo bem montado de gestão se mostra inócuo àqueles que ainda mantêm uma mentalidade patrimonialista sobre a coisa pública: acreditam que o público e o privado se misturam, acham-se donos de cargos, bairros, cidades etc. Obrigam-nos a engolir as suas vontades e não se preocupam com a vontade coletiva. Maquiam números, subornam fiscais, compram aliados e tudo continua igual aos olhos de milhões.
Olho para a minha cidade e noto, com tristeza, que ela se tornou um curral eleitoral, que voltamos ao tempo das oligarquias. O pior é notar que esse fenômeno se propaga por todo o país, mas não apenas nos municípios: inclui grandes regiões metropolitanas e também vários estados da federação.
A população fica em uma situação difícil, bem ao estilo “se correr o bicho pega, e se ficar o bicho come”. Há grande quantidade e nenhuma qualidade nos candidatos, salvo raríssimas exceções, pois também não posso ser injusto com aqueles bons candidatos que eu posso contar nos dedos de uma só mão.
Há pouco tempo um promotor federal disse-me que em torno de 70% das leis feitas no país por nossos legisladores são inconstitucionais. Agora eu pergunto: se você faz 70% do seu trabalho errado, você continua empregado? Então por que você continuaria a votar nas mesmas pessoas? Por que você continuaria a eleger as mesmas famílias que dominam o cenário político há tanto tempo?
Agora eu faço apenas mais uma pergunta: você tem merda na cabeça?!
Como o meu voto é tão precioso e importante, não jogarei pérolas aos porcos e anularei tanto o voto para prefeito como para vereador. E farei isso porque a verdade é que ninguém o merece.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Relíquia Poética

Trouxe um presente a todos vocês:  uma coletânia de poemas do imortal Fernando Pessoa (em seu nome e de seus heterônimos) declamadas pelo saudosíssimo Paulo Autran. Essa, sem dúvida, é uma relíquia!
Espero que gostem...


Autopsicografia
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Vem sentar-te comigo Lídia
          Link: Vem sentar-te comigo Lídia


O guardador de rebanhos - Poema V
           Link: O guardador de rebanhos - Poema V


Cruz na porta da tabacaria
           Link: Cruz na porta da tabacaria


Aniversário
           Link: Aniversário


O menino da sua mãe
           Link: O menino da sua mãe


Poema em linha reta
           Link: Poema em linha reta


Quero ignorado
           Link: Quero ignorado


Se te queres matar
           Link: Se te queres matar


Tenho dó das estrelas
           Link: Tenho dó das estrelas


Esta velha angústia
           Link: Esta velha angústia


Ah, um soneto...
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Grandes são os desertos
          Link: Grandes são os desertos


Vem, noite
         Link: Vem, noite


O monstrengo
           Link: O monstrengo


Ode triunfal
           Link: Ode triunfal


Quando era jovem
         Link: Quando era jovem