Lá fora era dia, por volta das nove horas, e o sol brilhava imponente. A grande janela ficava voltada para o leste e os raios de luz penetravam com muita dificuldade naquele amplo ambiente, apesar da insistência. Alguns pequenos e raros feixes luminosos – que desbravavam a espessa cortina – evidenciavam pequenas partículas de poeira suspensas no ar e desnudavam as curva e arestas dos móveis, quadros e estatuetas a enfeitar o recinto.
Escutavam-se batidas na porta, mas o homem continuava impassível – com uma expressão aterradora – mirando um ponto no nada, como se estivesse catatônico. As pequenas batidas começaram a ganhar força até que já se notavam socos convulsivos seguidos de alguns gritos:
– Dr. Fuentes, Dr. Fuentes! Por favor, abra a porta!... Mas não havia nada que o fizesse se mover.
O Dr. Henrique Fuentes era um senhor com quase 55 anos. Nascido em família abastada, teve a melhor educação que o dinheiro pode pagar e formou-se em Direito com o único objetivo de cuidar dos negócios da família. Nunca soube o que é passar por dificuldades financeiras e não havia nada que desejasse e não pudesse ter. Era arrogante e egoísta por natureza, notável nos negócios por vocação. A necessidade o fez ser sociável e polido, mas sentia um prazer mórbido em ser cruel; agradava-lhe essa sensação de poder, de decidir a vida das pessoas pelo bem ou pelo mal dependendo do seu humor.
Naquele dia, entretanto, o Dr. Fuentes viu o seu mundo ruir. Ele sentia que o controle sobre as coisas escapara pelos seus dedos. A vida não seria mais a mesma.
4 comentários:
Ameii msm mais se deveriia te postadu todas né uhsauehuaeheuheus
éééé agora eu to curiosa pra sabe o resto do livro xP
haha
PARABENS hehehe
bjO
O que diabos aconteceu depois, meu?
HAIUhaiuhaIUH
Quero ver o resto, Daniel.
Até agora tá muito bom *-* e tenho certeza que vai continuar assim.
Beeeeeeijo
tinha que ser advogado!!!
Cara, não é que você é bom mesmo nisso!
Muito show todos os comentários...
Parabéns, por isso que eu te aaamoooooooooo!
Beijundas!
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