sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Fizemos Amor

Cerramos em beijos os nossos gemidos:
as nossas bocas coladas, os nossos corpos em transe.
As minhas mãos deslizam em tuas curvas, sentidos...
Palavras ressoam fugazez, infames.

O suor extrapola os nossos poros
escorrendo pela tez e tuas reentrâncias,
é ele testemunha de sussurares sonoros,
o combustível a inflamar as nossas chamas.

As feridas que tu me infringes
marcam sulcos na minha carne branda,
são as tuas unhas fincadas em riste
arranhando o meu dorso ao gritar que me amas.

Os teus cabelos que eu outrora afagava
agora sentem com força as minhas mãos em tramas,
enquanto percorro o teu pescoço desnudo, suado e puro,
entre vozes insanas.

Nossos lábios calam murmúrios perdidos
enquanto os olhares se lançam distantes.
Nós somos figuras de algo esquecido,
enredados em abraços, chamados de amantes.

No clímax de nossas almas,
sem palavras a dizer,
trocamos risos de terna calma,
momentos de puro prazer.

Como dois ébrios entorpecidos
ocupados por carinhos incessantes,
encostamo-nos no barranco que é essa cama:
cansados, fatigados e ofegantes...

Olho para ti sem nenhum temor
e permanece no ar um pensamento:
certamente fizemos amor...

4 comentários:

123 disse...

Jesuiz....me abana!! hehe

Intenso...e lindo!!

=**

Nayara Oliveira disse...

Jesuiz...me abana!!²

já que eu não fui a primeira...
Impressionante!

Unknown disse...

Jesuiz....me abana!!³

hehehe

xuxu hein!


lindo!

Roh disse...

Isso me faz pensar, desejar, imaginar. O seu tom, suas rimas, vão além do que as palavras podem dizer e do que a mente pode idealizar. Após ler, só tenho uma palavra: desejo.