Uma amiga me disse esses dias: “Poucas coisas criam raízes no meu coração”. Ela falava do fato de ainda não ter se encontrado, de ainda não fazer algo que realmente a completava, por isso sentia que muitas coisas não a prendiam pelo coração – como deve ser.
Essa frase ficou ressoando na minha cabeça e mal sabe ela o efeito que causou
Fiquei pensando nas coisas que criam raízes no meu coração e percebi que algumas me deixam muito feliz: a música, a poesia, a literatura, as ciências, a farmácia, minha família e meus amigos. Apesar dessas coisas criarem raízes no meu coração, eu noto que eu mesmo não consigo criar raízes
Ainda não consegui definir se as raízes não se formam porque o terreno onde eu as coloco é estéril, ou se eu mesmo tenho medo que elas se criem e eu fique preso a alguém. Talvez seja um pouco dos dois, mas ultimamente é bem mais o primeiro do que o segundo. Cheguei à conclusão que se não é possível contar com o bom senso e o respeito das pessoas, então ficar sem ninguém é a melhor saída. É como diz aquele ditado: “Antes só do que mal acompanhado”; e devo dizer que hoje em dia é muito fácil estar mal acompanhado.
Onde tudo vai parar eu realmente não sei, e procuro não pensar nisso, mas se nada mudar de uma coisa eu tenho certeza: por muito tempo, quem mais vai conhecer a minha boca será a minha flauta transversal.
3 comentários:
Sorte da flauta...=P
"Adie alegria, ela diminuirá. Adie o problema, ele crescerá"...continue pensando e refletindo que vc encontrará a resposta que deseja. =]
Bru
Que sorte a minha conversar com vc.
Como eu disse, é difícil a gente deixar que as raizes agarrem esse terreno e se alimente dele, sem sufocar. Nosso terreno não é infértil, as sementes que estão industrializadas hoje em dia...
Adoro estar em sintonia com vc
Impressionate.
Tudo isso de sementes e solos que se fazem aliados ao "fazer" raizes.
Às vezes, parece que o que nos prende é está "mal acompanhado".
Abrçs
Prbns
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