Foi assim, num rompante de agonia,
vislumbrando – distante no meu canto –
ainda sem poder derramar pranto,
que foste tu miséria e alma fria.
Abri o peito em descompasso
expondo um sentimento à revelia,
permiti à alma o embaraço
de mancha-la com a tua grosseria.
Mantive-me intacto, imponente,
apesar do risco e da ousadia,
e sem esvanecer – e tão somente –
cultivo o futuro dos meus dias.
Se então arrepender-te desta tua aleivosia
e jogar-te nos meus braços em busca da alegria,
saiba que estes braços não estarão mais estendidos
e restará apenas o vazio... reservado aos teus gemidos.
2 comentários:
Foi tu mesmo que escrevestes?
Ta bonitoo heen!?!!
Rapazz, adorei a poesia!
^^
bjoO
Sim, eu escrevi o poema. Eu procuro selecionar aqueles que vão ao ar, mas tomo o cuidado de resgistrar todos na Fundação Biblioteca Nacional para garantir os direitors autorais.
Muito obrigado pelo elogio! O que me faz continuar a escrever é justamente saber que os meus poemas, de alguma forma, mexem com os sentimentos das pessoas.
Espero que volte mais vezes...
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