quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Desabafo

Foi assim, num rompante de agonia,
vislumbrando – distante no meu canto –
ainda sem poder derramar pranto,
que foste tu miséria e alma fria.

Abri o peito em descompasso
expondo um sentimento à revelia,
permiti à alma o embaraço
de mancha-la com a tua grosseria.

Mantive-me intacto, imponente,
apesar do risco e da ousadia,
e sem esvanecer – e tão somente –
cultivo o futuro dos meus dias.

Se então arrepender-te desta tua aleivosia
e jogar-te nos meus braços em busca da alegria,
saiba que estes braços não estarão mais estendidos
e restará apenas o vazio... reservado aos teus gemidos.

2 comentários:

A.C. disse...

Foi tu mesmo que escrevestes?
Ta bonitoo heen!?!!
Rapazz, adorei a poesia!

^^

bjoO

Daniel disse...

Sim, eu escrevi o poema. Eu procuro selecionar aqueles que vão ao ar, mas tomo o cuidado de resgistrar todos na Fundação Biblioteca Nacional para garantir os direitors autorais.

Muito obrigado pelo elogio! O que me faz continuar a escrever é justamente saber que os meus poemas, de alguma forma, mexem com os sentimentos das pessoas.

Espero que volte mais vezes...