sexta-feira, 24 de julho de 2009
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Foto Poema V
Fotografia de Dandara Borges
http://www.flickr.com/photos/dandara_borges/1493178425/
Fechado em duro elo
e formado de aço fundido,
mesmo estando oxidado
nem o tempo te dá por perdido.
Tu guardas no interior
o segredo que a ti liberta
desfazendo as amarras que prendem,
que fecham as portas abertas.
Destruindo os elos trancados
quando a chave em ti é posta,
faz renascer a esperança perdida
- de uma vida outrora esquecida -
encerrada por correntes grossas.
domingo, 19 de julho de 2009
Raízes
Uma amiga me disse esses dias: “Poucas coisas criam raízes no meu coração”. Ela falava do fato de ainda não ter se encontrado, de ainda não fazer algo que realmente a completava, por isso sentia que muitas coisas não a prendiam pelo coração – como deve ser.
Essa frase ficou ressoando na minha cabeça e mal sabe ela o efeito que causou
Fiquei pensando nas coisas que criam raízes no meu coração e percebi que algumas me deixam muito feliz: a música, a poesia, a literatura, as ciências, a farmácia, minha família e meus amigos. Apesar dessas coisas criarem raízes no meu coração, eu noto que eu mesmo não consigo criar raízes
Ainda não consegui definir se as raízes não se formam porque o terreno onde eu as coloco é estéril, ou se eu mesmo tenho medo que elas se criem e eu fique preso a alguém. Talvez seja um pouco dos dois, mas ultimamente é bem mais o primeiro do que o segundo. Cheguei à conclusão que se não é possível contar com o bom senso e o respeito das pessoas, então ficar sem ninguém é a melhor saída. É como diz aquele ditado: “Antes só do que mal acompanhado”; e devo dizer que hoje em dia é muito fácil estar mal acompanhado.
Onde tudo vai parar eu realmente não sei, e procuro não pensar nisso, mas se nada mudar de uma coisa eu tenho certeza: por muito tempo, quem mais vai conhecer a minha boca será a minha flauta transversal.
sábado, 4 de julho de 2009
A Felicidade é Tão Pouco...
Antes a casa era grande, tinha certo luxo e era muito bem localizada. Hoje ela é simples, como tudo o que há dentro dela, e também confortável (porque o conforto não é só físico, mas muito mais espiritual). De que adiantou o apego material? De que adiantou o orgulho? Hoje, na simplicidade, eu e meu pai recomeçamos a vida e já sentimos a felicidade batendo à nossa porta.