terça-feira, 9 de junho de 2009

Maria

Eu caí dos braços de Maria, tão pesados eram os meus erros, e estendi-me sobre a relva torpe lamentando uma vida de exageros. Maria olhou-me em singeleza na tentativa de sustentar meu corpo vil, e laçou-me em seus braços com firmeza a salvar uma alma já senil: esboçou-me um sorriso de luz da manhã; exalou perfume de dama da noite; chorou lágrimas de cortesã; caiu-se comigo recebendo os açoites.


Desfalecida alma, falecido corpo, maltratado... Maria deitou-se comigo e absolveu os meus pecados.

4 comentários:

Anônimo disse...

Bonito poema!

Daniel disse...

Não é um poema, apesa de poético, é mais um ensaio de texto. Ficou rimado, mas não era essa a intenção.

Nayara Oliveira disse...

Sempre recorremos a Maria...

luciene disse...

Estava pensando desde quando eu te conheço, não consegui me lembrar da data, mas só sei de uma coisa. com certeza não faz anos, talvez, centenas ou milhares destes.
E isso pode ser comprovado pela sua mania de escrever coisas que falam diretamente ao meu coração e alimentam minha alma quando mais preciso.
Maria é um consolo para todos os instantes de nossa vida,