Deus nos abençoa com o esquecimento quando ignorar a existência de alguém é o melhor remédio. Obrigado, Senhor!
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
domingo, 24 de outubro de 2010
Oração Para Não Incomodar
Senhor! Concede-me, por misericórdia, o dom de contentar-me com o que tenho, a fim de fazer o melhor que posso.
Ensina-me a executar uma tarefa de cada vez no campo das minhas obrigações, para que eu não estrague o valor do tempo.
Livra-me da precipitação e da insegurança, de modo que não busque aflições desnecessárias ante o futuro, nem me entregue à inutilidade no presente.
Dá-me força de esperar com paciência a solução dos problemas que me digam respeito, sem tumultuar o caminho dos que me cercam.
Ajuda-me a praticar o esquecimento de mim mesmo, auxiliando-me a fazer pelo menos um benefício aos outros, cada dia, sem contar isso a ninguém.
Se este ou aquele companheiro me aborrece, induze-me a olvidar o que passou, sem dar conhecimento do assunto aos que me rodeiam.
Ensina-me a não condenar seja quem for e, quando algum apontamento injurioso ou alguma nota de crítica malévola vierem-me à cabeça, ampara-me a fim de que eu tenha recursos de dissipá-los em silêncio, no plano de meus esforços imanifestos.
Impele-me a calar toda queixa em torno das provas e empecilhos da vida, para que eu não perturbe os que me compartilham a estrada.
Auxilia-me a conservar boa aparência tanto quanto o espírito isento de culpa, a falar com voz calma, sustentar bons modos e perder o hábito de dizer dos outros sem necessidade.
E ajuda-me, Senhor, a viver na obediência aos meus deveres e compromissos, trabalhando e servindo, para não incomodar a ninguém.
André Luiz / Chico Xavier
domingo, 17 de outubro de 2010
Cordel pela Educação
Venho aqui em altos brados
reclamar veementemente
contra esta porca educação
ensinada à nossa gente.
As crianças já não sabem
o soletrar e o bê-á-bá
porque hoje, em nossa escola,
não se pode reprovar.
Passam todas, pobrezinhas,
somente os nomes sabem ler
são analfabetas bem formadinhas
que repetem aquilo que vêem.
E os políticos, desinteressados,
nada fazem para ajudar.
Querem o povo no cabresto
para o voto manipular
A nação vai, tristemente,
afundando neste abismo,
pois um povo sem conhecimento
segue sem rumo, segue pobre,
passa fome e esquece o sorriso.
Quando me refiro, então, à fome,
falo dela em dois sentidos:
falo daquela que do corpo maltrata
e que se for persistente,
destrata os sentidos.
Esta é a fome que castiga a carcaça
e a barriga vazia é o seu compromisso.
Mas esta fome ainda é secundária,
pois que ela advém do pouco juízo.
A pior de todas é a fome primária,
A fome terrível da falta de um livro.
A falta de informação de boa qualidade
é a pior das mazelas da nossa sociedade.
Não faço alusão a que todos sejam eruditos,
mas um homem direito carece de livros.
E aproveitando o ensejo destas linhas mal traçadas,
escrevo sem medo sobre a ditadura das palavras.
Esta que é imposta por alguns doutores em letras
fazendo o terror dos jovens secundaristas
que engolem, sem pensar, as literaturas das tais listas.
Estudam sempre os mesmos autores
para os tão temidos vestibulares:
São “Gil Vicentes”, são “Euclides” e alguns autores seculares.
Vejam bem, não me incomodo, pois todos são grandes mestres,
eu mesmo bebo desta fonte e o meu coração agradece!
O que incomoda é o medo da mudança,
em se revelar novos talentos,
ou reconhecer – com segurança –
injustiças em outros momentos.
Venho então “justiçar” alguém que foi esquecido,
um poeta que falava do amor,
da injustiça social, do rancor,
e foi chamado de maldito.
Um homem que enfrentou os militares
e viveu um amor impossível,
que foi simples nas palavras
e tinha um coração sensível.
Deste poeta de alma forte,
direi agora a nome:
nasceu no estado do Acre,
foi J.G. de Araujo Jorge!
Peço humildemente que olhem por este caboclo
que desenhou palavras bonitas,
escreveu versos singelos
e falou da dor do nosso povo.
E a tristeza maior
que no meu peito arrebenta,
é que falta lirismo, falta cultura,
falta bastante atenção.
Sobram motivos de agruras,
Falta à nossa gente, educação.
---------
Em tempos de eleição, onde os candidatos estão mais preocupados em atacar um ao outro (que triste!), é bom lembrar que os grandes países do mundo só saíram do buraco quando passaram a valorizar e investir em todos os setores da educação.
Educação, senhores candidatos! Virtude que, definitivamente, vocês não têm.
reclamar veementemente
contra esta porca educação
ensinada à nossa gente.
As crianças já não sabem
o soletrar e o bê-á-bá
porque hoje, em nossa escola,
não se pode reprovar.
Passam todas, pobrezinhas,
somente os nomes sabem ler
são analfabetas bem formadinhas
que repetem aquilo que vêem.
E os políticos, desinteressados,
nada fazem para ajudar.
Querem o povo no cabresto
para o voto manipular
A nação vai, tristemente,
afundando neste abismo,
pois um povo sem conhecimento
segue sem rumo, segue pobre,
passa fome e esquece o sorriso.
Quando me refiro, então, à fome,
falo dela em dois sentidos:
falo daquela que do corpo maltrata
e que se for persistente,
destrata os sentidos.
Esta é a fome que castiga a carcaça
e a barriga vazia é o seu compromisso.
Mas esta fome ainda é secundária,
pois que ela advém do pouco juízo.
A pior de todas é a fome primária,
A fome terrível da falta de um livro.
A falta de informação de boa qualidade
é a pior das mazelas da nossa sociedade.
Não faço alusão a que todos sejam eruditos,
mas um homem direito carece de livros.
E aproveitando o ensejo destas linhas mal traçadas,
escrevo sem medo sobre a ditadura das palavras.
Esta que é imposta por alguns doutores em letras
fazendo o terror dos jovens secundaristas
que engolem, sem pensar, as literaturas das tais listas.
Estudam sempre os mesmos autores
para os tão temidos vestibulares:
São “Gil Vicentes”, são “Euclides” e alguns autores seculares.
Vejam bem, não me incomodo, pois todos são grandes mestres,
eu mesmo bebo desta fonte e o meu coração agradece!
O que incomoda é o medo da mudança,
em se revelar novos talentos,
ou reconhecer – com segurança –
injustiças em outros momentos.
Venho então “justiçar” alguém que foi esquecido,
um poeta que falava do amor,
da injustiça social, do rancor,
e foi chamado de maldito.
Um homem que enfrentou os militares
e viveu um amor impossível,
que foi simples nas palavras
e tinha um coração sensível.
Deste poeta de alma forte,
direi agora a nome:
nasceu no estado do Acre,
foi J.G. de Araujo Jorge!
Peço humildemente que olhem por este caboclo
que desenhou palavras bonitas,
escreveu versos singelos
e falou da dor do nosso povo.
E a tristeza maior
que no meu peito arrebenta,
é que falta lirismo, falta cultura,
falta bastante atenção.
Sobram motivos de agruras,
Falta à nossa gente, educação.
---------
Em tempos de eleição, onde os candidatos estão mais preocupados em atacar um ao outro (que triste!), é bom lembrar que os grandes países do mundo só saíram do buraco quando passaram a valorizar e investir em todos os setores da educação.
Educação, senhores candidatos! Virtude que, definitivamente, vocês não têm.
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