sexta-feira, 27 de abril de 2012

Lírica nº 03

Parto indefinidamente 
do exílio sem sorte,
das áridas terras da morte:
corro por vida, fujo pro norte.
 
Parto, parto em imagens que sonhei
das tantas vidas que viverei,
parto em feliz contentamento.
 
Parto, parto de terras que nem sei
de lá dos montes que alcancei,
parto na nave heróica do meu pensamento.
 
E chegarei, ainda hei de chegar;
e parto, uma vez mais eu parto
àquela terra que eu sonho alcançar.